Em 28 de novembro de 2016, o voo 2933 da LaMia transportava a equipe da Associação Chapecoense de Futebol para Medellín, na Colômbia, para disputar a Copa Sul-Americana. Infelizmente, a aeronave caiu antes de chegar ao seu destino final, causando a morte de 71 das 77 pessoas a bordo, incluindo jogadores, membros da comissão técnica e jornalistas.

As primeiras informações sobre o acidente indicaram que a aeronave ficou sem combustível, mas a investigação em curso está descobrindo que há mais fatores envolvidos. A operadora aerocomercial LaMia, que operava o voo, é uma empresa boliviana que enfrentava uma série de problemas financeiros e de manutenção que poderiam ter afetado a segurança do voo.

Um relatório preliminar divulgado em dezembro de 2016 pelos investigadores colombianos revelou que a tripulação do voo da Chapecoense violou as normas de segurança ao não reportar à torre de controle a falta de combustível. Os pilotos também não pararam em uma escala de reabastecimento antes de seguir para a Colômbia, apesar de saberem que o combustível seria insuficiente para o voo inteiro.

Além disso, as investigações mostram que a LaMia utilizou várias vezes a mesma tripulação para voos de longa distância, ignorando as normas de descanso dos pilotos. Além disso, a aeronave tinha uma autonomia de voo menor do que a distância que precisava percorrer, o que indica que não havia nenhuma reserva de combustível para emergências.

Em setembro de 2019, quase três anos depois do acidente, a Justiça colombiana emitiu uma sentença condenando a LaMia a pagar uma multa de US$ 4,26 milhões por negligência, operar sem licenças necessárias e por não cumprir os requisitos de segurança. Também foram condenados dois executivos da empresa por homicídio culposo e quatro pilotos por homicídio.

A tragédia da Chapecoense é um lembrete da importância dos sistemas de segurança no setor de aviação. Embora ainda sejam necessárias mais informações para determinar a sequência precisa de eventos que levaram ao acidente, a investigação em curso está permitindo que os familiares das vítimas e o público em geral entendam as causas e os possíveis fatores que contribuíram para a queda do voo 2933.

Conclusão

Em resumo, a investigação do acidente aéreo que vitimou a equipe da Chapecoense é um processo complexo que requer a análise minuciosa de diversas informações para se entender as causas e os fatores que contribuíram para a queda do voo 2933. Ainda que já saibamos que tanto a operadora de voo, quanto os pilotos têm alguma responsabilidade, é preciso que sejam apuradas todas as informações e provas até a conclusão dos processos legais. O importante agora é que sejam tomadas medidas para garantir que erros como esses não se repitam e que sejam garantidos altos níveis de segurança no transporte aéreo.